Não é possível falarmos de Parkinsons sem referirmos Tedio Boys. Com o fim destes, todos os elementos seguiram caminhos de sucesso mas totalmente diferenciados: D30, Wraygunn, Legendary Tigerman, Bunnyranch e Parkinsons são a melhor colheita nascida e criada depois do fim dos Tedio Boys, em Coimbra. Enquanto Tedio Boys, gravaram três álbuns em Portugal na década de 90 (entre os anos 1994 e 1998), sendo possivelmente o momento mais marcante quando, depois de explosivas tours nos States, a banda é convidada a tocar no aniversário de Joey Ramone no New York Continental em 1997. Em Portugal são ainda de destacar as tours com os The Fall e John Spencer Blues Explosion e os já referidos três álbuns, marcantes no desenvolvimento da cena Rock´n´Roll em Portugal.
Em 2000 Victor Torpedo (ex-guitarrista de Tédio Boys) e Pedro Xau (ex-baixista de 77) tornam Londres a sua cidade oficial. Desde logo, os primeiros concertos realizados em Londres ficaram célebres pela forma rápida, caótica e selvagem como tocam o seu Punk-Rock´n´Roll. Inicialmente apelidados de Camden Boys, os Parkinsons conseguiram em Londres singrar e criar uma autêntica legião de fãs, sendentos de Rock´n´Roll sem tréguas ou eufemismos. Curto, directo e selvagem, na melhor tradição de uns Dead Boys!
No meio deste furor inicial, destacam-se os mais prestigiados jornais ingleses que referem, entre outras citações, que a “atitude e concertos dos Parkinsons fazem os At The Drive In parecer uns The Corrs”; ou ainda “Victor Torpedo é o melhor guitarrista que jamais vi, depois de Mick Jones dos Clash!”. Seguiram-se intensas tours no Reino Unido (de destacar os concertos em festivais como T In the Park, Reading, Leeds e Glastonbury), em diversos países Europeus (visitaram Portugal em diversas ocasiões) e 5 semanas intensas no Japão que culminaram com o concerto no Fujirock ao lado de nomes como Foo Fighters - de referir ainda os concertos dados com Dead Kennedys e Nickelback ; e por fim na Brixton Academy (abrindo para os Sum 41) que levou um jornalista do New Musical Express (NME) a exclamar: “There´s been nothing this good since the early Manics! Gig Of the Year!”.
Depois do aclamado álbum de estreia “A Long Way To Nowhere” (editado em Inglaterra via Fierce Panda e USA pela Elevator Music), seguiu-se o mini-Cd “Streets of London”. Depois de inúmeros festivais no verão de 2003 no Reino Unido, Afonso “Al Zheimer” deixa os Parkinsons, deixando toda a composição e vocalizações a cargo de Victor Torpedo e Pedro Xau. Seguiu-se “Reason To Resist” editado pela Curfew no Verão de 2004. Para a crítica, este é o melhor álbum de Parkinsons com 13 temas de explosivo Rock´n´Roll em rota de colisão com guitarras clashianas de Jones e Strummer, bebendo as melhores influências do Punk inglês da década de 80 (Sham 69)!
Em Março de 2005, devido a constantes mudanças no line-up, o núcleo duro da banda (Pedro Xau/Victor Torpedo) anunciam o fim dos Parkinsons com uma mini tour de 3 datas em Portugal (Faro, Castelo Branco e Leiria), deixando para o Reino Unido os últimos dois concertos oficiais (um deles com os Vibrators!).
Em 2012 os Parkinsons voltaram aos concertos e em 2013 editaram o álbum "Back to Life". Em 2018 editam "The Shape of Nothing to Come".
Line up
- Afonso Pinto (vocals)
- Victor Torpedo (guitar)
- Pedro Chau (bass)
- Ricardo Brito (drums)
- João Jorri (Keyboards)