Guitarra Makaka: Danças A Um Deus Desconhecido

Descrição do Álbum

 
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Referência: Rastilho121
Banda: TÓ TRIPS
Edição limitada Record Store Day 2015.

Quem recorda Tó Trips nas guitarras dos Amen Sacrisiti ou como líder dos Lulu Blind, ainda não está convencido da “transformação”. O homem que gritava em palco, com a guitarra abaixo dos joelhos, é o mesmo que hoje se debruça sobre a guitarra acústica, silencioso, aparentemente alheio ao rumor do público.
 
O que aconteceu? Escolha-se um motivo: amadurecimento, necessidade de introspecção, cansaço provocado pelo excesso de electricidade. São todos plausíveis, mas enuncie-se o mais “prosaico”: os seus gostos, os seus interesses musicais modificaram-se. Prudência. Mesmo nos Lulu Blind, Tó Trips arranjava tempo para sacar de canções “acústicas” e a energia do rock ainda chispa, com violência, nos Dead Combo.
 
Acontece que na sua obra a solo, as cordas da guitarra acústica, a ressonância do instrumento e a solitude dos acordes tornaram-se soberanos. E a identidade musical, a “voz” de Tó Trips, tem-se construído, progressivamente, com as melodias, os ritmos, as composições, as possibilidades e os acasos que habitam a música acústica. Não se trata de um monólogo sonoro, pois, desde então, Trips tem conversado com Carlos Paredes, Joseph Spence, a Andaluzia, Peter Walker ou o blues africano – sem privilegiar ninguém.Ouve-os a todos, com o mesmo agrado e atenção. O seu fito tem sido apenas um: criar música nova a partir dos gostos ou dos afectos que partilha nessas conversas.
 
 
"Guitarra Makaka: Danças a um Deus Desconhecido", o seu novo trabalho, é música nova, que evoca a tristeza lânguida das mornas de Cabo Verde, a sofisticação ditosa da música do Mali ou uma Lisboa que, numa alegria envergonhada, convida o Mediterrâneo para um baile de verão. É isso que esta noite promete, aclarada por temas do novo trabalho. Ao som de uma guitarra. "Tem influências africanas, portuguesas, orientais e árabes! [O disco] é como se fosse um compêndio de temas tradicionais dessa ilha imaginária, com tanto de primitivo como de clássico", diz-nos Tó Trips.
 
A capa do segundo disco a solo do guitarrista, depois de "Guitarra 66" de 2009, é inspirada num original de Jean Michel Moreau le Jeune para a reedição de 1803 de um livro de Voltaire intitulado Candide ou l'Optimisme.
 
Vinyl tracklist
A1. First god
A2. Danças
A3. Baía das negras
A4. Cuca
A5. Makumba das foncas
A6. Briza
B7. Makaka
B8. Cartagena suite
B9. Pedra lume
B10. Sacrifício
B11. Migratória
B12. Adeus muchassa
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