Mais do que meras palavras de circunstância, as palavras de ordem que Sam Alone orgulhosamente exibe nas suas “armas” (as guitarras), “Working Class Rifle” e “Soul Rebel”, são uma declaração de intenções. Fortemente influenciada pela tradição Folk de Protesto e pelo universo Heartland Rock, a música e (sobretudo) as palavras de Sam Alone são direcionadas a todos nós, a maioria pelo menos, pessoas comuns. Depois do bem sucedido “Youth in the Dark” de 2012, que agradou simultaneamente ao público e a crítica especializada, 2014 marca o regresso aos discos de Sam Alone e dos seus fieis Gravediggers com “Tougher Than Leather”. Despido de grandes artifícios de produção, novamente a cargo de Carlos Rocha (produtor de “Youth in the Dark”), em “Tougher Than Leather” Sam Alone vai direto ao assunto:
“Brothers and Sisters, Lovers and Believers, Dreamers and Renegades, Those Are My Heroes…” são as primeiras palavras que se ouvem, e lançam o mote para o que se segue.
Sam Alone expõe/exorciza com desarmante frontalidade as suas (nossas) dúvidas, frustrações e dificuldades, sem nunca deixar de acreditar na possibilidade de um mundo/sociedade melhor (que está ao nosso alcance), e reafirmando, depois do voto de confiança dado com “Youth in the Dark”, a esperança nas novas gerações.
“Tougher Than Leather” testemunha o crescimento e maturidade de Sam Alone enquanto compositor/escritor de canções e coloca-o definitivamente na lista dos valores seguros da música feita em Portugal.